
A Djamila com 4meses 💛💛💛
Sempre esteve presente em mim a certeza de que um dia viesse a ser mãe, com muita convicção e fé pois lá no fundo do meu coração algo me dizia que um dia eu seria mãe de “menina” e assim aconteceu!
Sem pressão, planos, nem datas marcadas confiei ao meu relógio biológico a responsabilidade de me avisar quando chegasse a hora em que eu me sentiria preparada para encarar a tão falada maternidade. Continuei levando a minha vida tranquilamente na esperança que um dia este mesmo relógio tocasse para me lembrar que já era chegada a hora, mas para o meu espanto este dia nunca chegou!
Engravidei, e só assim que me apercebi que nunca me sentiria cem por cento preparada para ser mãe porque à frente deste haviam vários outros projetos prioritários e com maior relevância do meu ponto de vista naquela altura (a dois anos ). No meio de tantas dúvidas uma certeza eu tinha, que era o momento certo para abraçar o projeto “ser mãe” e para mim, se era o momento certo, eu sentia que tudo iria correr bem!
Aprendi que o meu momento certo não é o momento certo de outra pessoa, portanto, está tudo bem se alguém não se sentir no momento certo agora, um dia irá se sentir, e se esse dia nunca chegar, está tudo bem também. É natural que continuemos a adiar este e vários outros momento, ainda mais nos tempos que correm, motivos não faltam para casais decidirem não ter filhos, o ser humano mostra sempre resistência ao que é novo e quando não se sabe o que esperar dá um medo mesmo, hoje tudo é incerto, os dias são muito corridos, temos sempre muitas coisas para fazer e quase que não há tempo para nada, e abraçar um projeto desta dimensão requer muita coragem e uma dose de maluquice a gosto.
Mesmo tendo a certeza de que já era o momento certo, o medo e a insegurança invadiram-me. O tempo foi passando, a ficha foi caindo e montes de perguntas foram surgindo, os enjoos a barriga a crescer, quando eu tomava consciência de que estava com pensamentos menos positivos eu tentava meditar, respirar fundo, rezar, sempre fechando os olhos para ficar mais calma e também acalmar a minha bebê, mas a verdade é que mesmo me preocupando com que estava por vir, eu não tinha controle sobre nada. Nós temos uma forte ilusão de que podemos controlar o mundo e somos capazes de formatar as coisa ao nosso belo prazer, a verdade é que não controlamos nada. Muita coisa está fora do nosso alcance e assim sendo não fazia nenhum sentido sofrer por antecipação, foi aí que decidi deixar fluir entregando tudo ao universo, a Deus.

A Djamila com 9meses ❤️❤️❤️
Eu digo sempre que depois que me tornei mãe passei a admirar e a respeitar ainda mais as mulheres no geral, nós somos uma força da natureza sem sombra de dúvida.
Durante a bebê eu consumi todo o tipo de informação que mães de primeira viagem consomem, tudo que se possa imaginar relativamente à gestação: comprei livros, assisti vídeos, documentários, testemunhos, ouvi conselhos, etc, mas nada de que eu vivi e vivo até hoje é igual porque cada criança é única e nós mães também e ainda bem que é assim.
A maternidade para mim é doação, entrega total, amor incondicional, exaustão…é garantir que o autocuidado faça parte da minha vida para que eu desfrute de cada momento junto dela, com toda a atenção, amor e carinho que ela merece e assim conseguindo prover e responder as necessidades dela.
É certo que cada mulher viva a maternidade de forma diferente: a barriga cresce, o corpo muda e os sentimentos ficam todos confusos, é uma loucura, mas a chegada do novo ser no seio familiar onde se calhar eram dois e automaticamente, como um paço de mágica passam a ser três pessoas para sempre. Assim que um bebê nasce ele já pede para que atenção seja toda virada para ele/a, até mesmo antes de percebermos bem o significado da maternidade, já sentimos a responsabilidade de ter alguém que depende totalmente de nós e começamos assim a viver literalmente para eles porque a nossa vida passa a girar em torno das necessidades deles. Todos os conceitos são revistos, a criatividade aflora por si só para conseguirmos sobreviver a toda esta transformação e saímos da nossa zona de conforto sem nem nos apercebermos. Eu me torno mãe todos os dias pela simples razão de ter passado por várias transformações num período tão curto (da minha gestação) e por continuar em transformação todos os dias para conseguir tirar partido desta experiencia única e ao mesmo tempo responder as minhas próprias necessidades.
Eu descobri que o meu desejo de ser mãe afinal era muito maior do que eu imaginava. Eu adoro ser mãe.
Apesar dos meus tempo livre e intervalos do ócio serem preenchidos pela Djamila (minha filha ❤), os sorrisos dela compensam tudo, isto agora até parece cliché mas é a pura verdade hahaha.

Seu 1º Aniversário 🌺🌺🌺
Depois de todo um processo de adaptação, amamentação a rotina do bebê a vida tem que continuar sim? agora eu sinto que aos poucos eu vou voltando aos poucos as minhas rotinas, sem cobrança nem esforços, pois já é hora de olhar para o mundo lá fora e voltar a fazer parte dele em todos os sentidos. Os nossos filhos são e serão sempre a nossa outra metade e merecerem todo o amor e carinho do mundo, mas durante este processo todo, não podemos nós esquecer de nós, mães, mulheres, com vontades, desejos e sonhos por alcançar e realizar. Temos que prosseguir em busca do que acreditamos.
Eu quero mesmo é criar, educar e ensinar a minha pequena de tal maneira que ela perceba que eu estarei sempre aqui ao seu lado para o que ela precisar independentemente das escolhas de vida que ela for a fazer. As duas vamos andar juntas de mãos dadas lado-a-lado uma auxiliando a outra sempre que for necessário.
Que jornada fantástica❤️
Espero ter lhe inspirado de alguma forma.
Uma beijoka 😘
You must be logged in to post a comment.