A Divindade dos Homens – A velha lenda Hindu

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Uma velha lenda Hindu conta que houve um tempo em que todos os homens eram deuses. Como fizeram mau uso desse poder, Brahma, o mestre dos deuses, decidiu retirar-lho e escondê-lo num lugar onde lhes seria impossível encontrá-lo.

Brahma convocou em conselho os deuses menores para resolver o problema.
– Enterremos a divindade do homem, propuseram eles.
Mas Brahma respondeu:
– Isso não chega, porque o homem vai cavar e encontrar.
Os deuses replicaram:
– Nesse caso escondamo-la no fundo dos oceanos.
Mas Brahma respondeu:
– Não, que mais cedo ou mais tarde o homem vai explorar as profundezas do oceano. Acabará por a encontrar e vai trazê-la para a superfície.
Então os deuses disseram:
– não sabemos onde a esconder, porque parece não existir sobre terra ou debaixo do mar um lugar onde o homem não possa chegar um dia.
Mas Brahma respondeu:
– Eis o que faremos da divindade do homem: vamos escondê-la no mais profundo dele mesmo, porque é o único lugar onde ele nunca pensará procurar.

E depois desse tempo, conclui a lenda, o homem explora, escala, mergulha e escava, à procura de qualquer coisa que se encontra dentro de si.

Sendo este o meu primeiro post do ano 2020, eu quis trazer para aqui um pouco de reflexão, não só por ser ano novo, mas porque senti que tinha de o fazer…

Todos nós procuramos por algo, cada um procura por aquilo que talvez para si seja mais importante, afinal, nós, seres humanos, somos movidos a prazer e a intenção, logo, para cada busca há sempre um propósito, e que continue a ser assim desde que cada um respeite a caminhada do outro, mas na minha opinião, nós falhamos quando depositamos toda a nossa felicidade nesta única busca externa, seja ela qual for, acreditando que esta seja a melhor opção para alcançar a felicidade e tornamos-nos reféns das nossas próprias escolhas, ofuscando a nossa visão a outras perspectivas que se calhar seriam ainda mais enriquecedoras. Com isto esquecemo-nos que a busca interna também é importante, se calhar ainda mais importante do que a externa, o autoconhecimento aqui tem um papel muito forte porque torna tudo muito mais fácil e depois da busca interna, a externa já será mais leve, mais clara, mais consciente, mais simples, com uma outra compreensão, e já não mais será movida a prazer, mas a nossa realização, evolução e crescimento como seres humanos, mesmo assim sempre indo de encontro a aquilo que é a essência da sua própria busca.

Uma beijoka😘 e que este seja um ano fantástico para todos nós

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Meditação: o melhor conselho de uma amiga

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A prática da meditação começou a fazer parte da minha vida, a praticamente 1ano e pouco, quando num belo dia, eu pensei que fosse ficar LOUCA… louquinha de pedra mesmo… Falando assim, até parece que estou a brincar, não estou não! Com a correria do dia-a-dia que atire a primeira pedra quem nunca se sentiu assim.

Eu já tinha ouvido muito falar de meditação e lido também sobre (Livro: Mindfulness – Para Quem Não Tem Tempo, do Autor: Osho – Prática de meditação e atenção plena para o quotidiano moderno), aliás, de uns anos para cá “meditar” é uma das expressões que mais se ouve por aí, acho que virou TREND, mas brincadeiras à parte, foi mais ou menos assim (à força) que comecei a me interessar pela prática da meditação, já que ela em si, prometia muita coisa!

Foto: Nilza Monteiro

No princípio, eu fazia tudo o que um principiante da meditação tenta fazer, como sentar com as pernas cruzadas, tentar controlar os pensamentos, etc, mas depois com o tempo eu fui fazendo as coisas do meu jeito, mas claro, sempre seguindo os princípios básicos.

Eu acredito que não se ensina a meditar, ensinam-se formas e métodos de o fazer. Pensando bem, não tem como ensinar, porque mesmo que eu lhe tente explicar os métodos todos que eu uso desde o princípio até o fim, nós podemos ter resultado diferentes! Por isso, se alguém tiver interesse em começar tem que ter paciência e aos poucos vai aplicando e ajustando de acordo com a seu progresso.

Foto: Nilza Monteiro

Um chá…

Se é obrigatório beber chá antes de meditar, eu diria que não, mas eu gosto de beber um chá bem quentinho porque ajuda-me a relaxar a mente e os músculos. Você pode sempre experimentar para vêr se gosta ou não.

Comece com períodos curtos…

No princípio, convém começar com períodos curtos para se ir adaptando com o passar do tempo. Olha que até hoje, sempre que eu sento para meditar, independentemente do tempo disponível que tiver, é sempre muito difícil chegar ao estágio de relaxamento e equilíbrio total do meu corpo, porque demora uns minutos… muitos para que eu me desconecte de tudo a minha volta e comece a relaxar! Uma vez perguntaram-me: Por que começar com períodos curtos? Porque para alguém que esteja a iniciar esta prática, o importante é adaptar-se primeiro para depois avançar para uma outra etapa.

Foto: Nilza Monteiro

O lugar favorito…

Este é um dos meus lugares favoritos para meditar, e não só, para sentar, olhar a natureza, lêr e também para estar em silêncio. Adoro este lugar porque é cheio de “verde” e o lugar por si já transmite paz.

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É bom encontrar um espaço onde possamos ir sempre que precisamos de calma. Você também pode encontrar, desde que se identifique com nele.

Um conselho…

Quando sentar para meditar, não tente controlar a sua mente, deixa fluir, vai reparar que a sua mente vai saltar de um pensamento para o outro, como se fossem filmes de curta-metragem… não se preocupe com isso, deixa fluir… lembre-se sempre de prestar atenção na sua respiração e a medida que conseguir controlá-la, os filmes simplesmente param.

Foto: Nilza Monteiro

Objectivo…

A meditação tem como objectivo, o melhoramento da nossa concentração , aumentando o estado de clareza mental e emocional.

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Para além desta prática mudar a estrutura do nosso cérebro, também ajuda-nos a estar no momento presente. Vivemos tanto a espera do futuro e a lamentar pelo passado que muitas vezes esquecemos do momento mais importante, o presente. E é aí que a meditação entra.

Consequência…

Com isso, comecei a alimentar-me de forma mais saudável, a praticar mais exercícios, a dormir melhor, a apreciar mais a natureza, comecei a seleccionar mais as pessoas e principalmente as energias delas (não me interprete mal, mas a meditação deixa-te mais sensível a isto) e a fugir de tudo aquilo que para mim, soa como ruído. A impressão que eu tenho hoje, é que durante muitos anos, usei óculos embaciados!

Fotos: Nilza Monteiro

Porque vivemos em tempos conturbados, é de extrema importância que tenhamos um rituais que nos devolva de um certa forma equilíbrio, bem-estar, tranquilidade e que assegure a nossa sanidade para conseguirmos suportar e ultrapassar os dias menos bons.

Para mim, que duvidei desta prática milagrosa, hoje eu digo, começar a meditar, foi um dos melhores presentes que eu me dei até hoje, não é fácil porque exige um pouco de disciplina, mas o que seria a nossa vida sem um pouco de disciplina e dedicação né?

Espero que este conteúdo tenha contribuído de qualquer forma e ajudado aqueles que tenham interesse neste tema e não sabem como começar.

Beijokas 😘